PM destrói duas granadas no Recife | Raul Jungmann

PM destrói duas granadas no Recife

Explosivos eram de uso das forças armadas. Artefatos de fabricação militar foram localizados, ontem pela manhã, por garis que trabalhavam na varrição das ruas, no Espinheiro, próximo a uma escola

O esquadrão antibombas da Polícia Militar destruiu, na tarde de ontem, duas granadas encontradas na calçada da Rua Gomes Pacheco, no Espinheiro, bairro da Zona Norte do Recife. De acordo com a Companhia Independente de Operações Especiais (CIOE), os explosivos eram de uso das forças armadas. Os artefatos de fabricação militar tinham sido localizados às 10h40 por garis que trabalhavam na varrição da rua, próximo de uma árvore e do muro do terreno de um prédio em construção.

Só a perícia do Instituto de Criminalística pode comprovar se havia pólvora nas granadas, afirma o capitão Flávio França, um dos integrantes do esquadrão antibombas da CIOE que participaram da operação. Ele identificou os artefatos como uma granada de mão e uma granada de bocal. Esta última, de cor azul, é um material inerte do Exército, próprio para exercícios de treinamento militar.

“Tratamos como bomba real porque não sabemos como os explosivos foram parar na rua”, explica o capitão. Ele acrescenta que, se acionados, os objetos não teriam capacidade para derrubar um prédio ou uma casa. Mas se tivesse passando alguém, a pessoa ficaria machucada. O esquadrão utilizou produtos explosivos para anular o efeito da bomba e destruir os artefatos. Foram necessárias três detonações. “Usamos cordel detonante, que neutraliza com segurança.”

Quando os policiais chegaram ao local, as granadas estavam na calçada da Escola Estadual Santa Paula Frassinete, do lado oposto ao prédio em construção. Por segurança, os artefatos foram amarrados e transportadas numa espécie de tirolesa para a calçada onde haviam sido encontrados e colocados dentro de três pneus empilhados.

A primeira explosão provocada pela CIOE, às 14h56, destruiu completamente a granada de mão e arremessou a de bocal. Onze minutos depois, uma segunda explosão separou a ogiva do corpo da granada de bocal. A terceira explosão, às 15h21, destruiu o artefato. “É um procedimento padrão, usado em todo esquadrão antibomba do mundo”, diz capitão Flávio. Em seguida, o trecho interditado da Gomes Pacheco teve o tráfego liberado.

Os garis da prefeitura que encontraram as granadas levaram o material para o porteiro do Edifício Joan Miró, Osnir Stevão de Oliveira. “Pedi para que colocassem as bombas na calçada, longe do prédio, e chamassem a polícia”, conta o porteiro.