Entre as organizações presentes, estavam UFPE, UFRPE, Unicap, Sindfisco, OAB e Arquidiocese de Olinda e Recife. “É um ato simbólico. Com ele queremos marcar o início de um esforço coletivo para acabar com a prática da venda de votos”, disse Nóbrega. O lançamento do movimento, não por acaso, aconteceu no mesmo dia do início do guia eleitoral.
Segundo o procurador, dados de uma pesquisa do Datafolha divulgada no ano passado revelaram que 20% dos eleitores do Nordeste admitem que negociaram o voto em eleições passadas. “Isso é o que os eleitores admitem. O número real pode ser ainda maior. É alarmante”, afirmou.
Ainda de acordo com Nóbrega, a prática de venda de votos é disseminada em todas as classes sociais. “Os mais pobres trocam o voto por itens de primeira necessidade, por tijolos e comida. Já a classe média se vendem pela promessa de emprego dada pelo candidato. Já os mais ricos negociam em troca de contratos sem licitação”, explica.
No plano da Focco-PE está a realização de debates em universidades e escolas do ensino médio, tudo para sensibilizar o jovem eleitor sobre o valor do voto. “Constatamos que 38% das pessoas só votam porque é obrigatório e que até 25% dos nordestinos se abstêm de votar. É até compreensível, já que o quadro político tem desanimado o eleitor. Mas isso não pode se tornar uma conduta coletiva”, destaca.