EUA divulgam lista de terrorismo no mundo | Raul Jungmann

EUA divulgam lista de terrorismo no mundo

Os Estados Unidos divulgaram nesta quinta-feira (5) um informe anual sobre o terrorismo no mundo. Segundo o documento, Cuba dá refúgio e apoio a grupos guerrilheiros e permanece, junto com Irã, Síria e Sudão, na lista de países patrocinadores do terrorismo. 

De acordo com o relatório, o governo de Cuba “continuou dando refúgio a membros das Farc, ELN e ETA”, considerados terroristas pelos Estados Unidos, “fornecendo a eles apoio logístico e médico”, informou o relatório, que avalia a cooperação antiterrorista com os Estados Unidos durante 2009.

Os países considerados patrocinadores do terrorismo não podem receber ajuda econômica dos Estados Unidos nem gozar de benefícios comerciais ou tratados financeiros, entre outras proibições.

Apesar das afirmações, os Estados Unidos reconheceram que não têm “evidências de financiamento direto de Cuba a organizações terroristas durante 2009”.

No entanto, o Departamento de Estado norte-americano afirmou que o governo comunista permite a permanência de fugitivos dos EUA na ilha, entre eles, assassinos condenados e sequestradores.

O documento aponta também que o aumento dos atentados terroristas no Paquistão e Afeganistão provocou o crescimento no número de civis mortos ou feridos no ano passado.

Al-Qaeda

Segundo o documento, a rede terrorista Al-Qaeda sofreu “vários revezes importantes” ano passado, apesar de sua ameaça aos americanos ser maior.

De acordo com o relatório, a organização foi perturbada por operações do exército paquistanês nas regiões tribais do noroeste do país e que vários dirigentes foram eliminados.

“Ficou mais difícil arrecadar fundos, treinar recrutas e preparar atentados fora da região”, destacou o governo americano.

Mas, ao mesmo tempo, “a ameaça da Al-Qaeda está mais disseminada que nos anos anteriores, o que compensa parcialmente as perdas sofridas pela rede”, destacou o informe, que apontou várias tentativas de ações contra os Estados Unidos, entre elas a de um nigeriano contra um voo entre Amsterdã e Detroit, no Natal.

O governo norte-americano deixou fora da lista a Coreia do Norte, ignorando os apelos a respeito, depois de Pyongyang ter sido responsabilizada pelo afundamento de uma corveta sul-coreano.