– É inevitável que a veremos a mancha nas praias – disse um porta-voz do governo local de Escambia, Flórida.
A BP admitiu nesta quinta-feira que não tinha tecnologia nem conhecimento para conter um vazamento a 1,5 quilômetro abaixo da superfície. Uma nova tentativa de estancar o óleo vem sendo tentada, cortando a tubulação danificada e a fechando, mas esta estratégia está sofrendo atrasos porque uma das serras ficou presa no solo do oceano.
A última tentativa, e que estava sendo considerada a com maiores chances de sucesso, fracassou quando engenheiros não conseguiram injetar grandes quantidades de lama para estancar o vazamento, no final de semana.
A BP perfura um segundo poço para esvaziar o fluxo do vazamento, mas este só deve ficar pronto em agosto.
Em um discurso nesta quarta-feira na Pensilvânia, o presidente Barack Obama afirmou que poderá ficar provado que o vazamento “seja resultado de erro humano, ou de corporações que pegaram atalhos perigosos, comprometendo a segurança”.
Nesta terça-feira, o secretário de Justiça dos Estados Unidos, Eric Holder, anunciou que o Ministério de Justiça já iniciou uma investigação criminal para apurar o vazamento de óleo no Golfo . Holder disse que a investigação será bem completa e agressiva e prometeu que os funcionários federais vão processar quem tiver violado a lei.
Nesta segunda-feira, cientistas e oficiais do governo disseram que o desastre pode causar uma catástrofe ambiental ainda sem precedentes . Segundo o presidente da petroleira BP, Tony Hayward, o óleo pode continuar vazando ocorrendo até agosto , já que a solução mais radical para contê-lo fracassou.
Pelo menos 20 milhões galões (76 milhões de litros) e possivelmente 43 milhões de galões (163 milhões de litros) estão escapando por dia desde a explosão da plataforma. Várias espécies, como o camarão, o mexilhão e outros frutos do mar são a fonte de sobrevivência da população local.
A empresa havia jogado lama e cimento no local de onde escapava o óleo
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, foi ao estado de Louisiana, área mais afetada pelo vazamento de óleo e voltou a dizer que todos os custos ficarão a cargo da petroleira BP, dona do poço. Mas, pela primeira vez, o presidente disse que a responsabilidade para solucionar o desastre é do governo federal .