Um texto do pernambucano Newton Moreno, da companhia paulista Os fofos encenam, vai abrir hoje, às 18h, uma série de leituras dramáticas que serão realizadas no Teatro de Santa Isabel até a próxima quinta-feira. A direção do texto Jacinta ficará sob a responsabilidade de Cláudio Lira.
“É um texto muito interessante. É uma atriz portuguesa, a pior delas, que depois de interpretar e matar a rainha do coração, é deportada para o Brasil. Ela vai explorando o país, na época dos índios e jesuítas, na tentativa de encontrar plateia”, explica Lira. Jacinta será interpretada por Marilena Breda; a leitura terá ainda outros cinco atores, se revezando em 20 personagens.
Neste domingo, também às 18h, será a vez da leitura do texto Damiana, escrito por Adriano Marcena. A direção será de André Filho. “A história se passa de madrugada, em frente a uma venda, onde estão dois homens. Um deles vai pegar o ônibus e o outro espera a venda abrir para comprar coisas para um velório. É uma história simples, mas um bordado que vai se tecendo. Até na construção do texto, a última palavra de cada personagem é a primeira do outro, conta o autor.
O próximo texto, na segunda-feira, dia 16, às 18h, é Bento, de Moisés Neto, sob direção de José Francisco Filho. “É um texto que escrevi há cinco anos. Parte da história de Bento Teixeira Pinto, que assassinou Felipa Raposa, uma personagem que teve sua história contada e, recriada, por Luzilá Gonçalves. Bento foi aprisionado pela Santa Inquisição por práticas judaicas”, adianta Moisés Neto. Ainda vão participar do projeto de leituras os textos As suas mãos onde estão? Ou quando Aquiles sangrou (texto de Carlos Bartolomeu com direção de Wellington Júnior, dia 17, às 18h), Fazer o quê? (texto de Marcelino Freire com direção de Ana Elizabeth Japiá, dia 18, às 18h) e As travessuras de Mané Gostoso (de Luciano Pontes, direção de Clara Camarotti, dia 19, às 16h30). Com exceção de Jacinta, que será no palco do Santa Isabel, as outras leituras serão realizadas no Salão Nobre do teatro. A entrada é gratuita.